Yellow Clown Goby (Gobiodon okinawae)
Yellow Clown Goby: Um canarinho debaixo d'água
- Nome científico: Gogiodon okinawae (Sawada, Arai e Abe, 1972)
- Outros nomes: Yellow goby, yellow coral goby, Okinawa goby
- Família: Gobiidae
- Distribuição: Oceano Pacífico (sul do Japão ao norte da Austrália)
- Habitat: Colônias de Acroporas em recifes e lagoas
- Cores: Amarelo brilhante
- Dimorfismo sexual: Não (Todos nascem fêmeas e podem mudar de sexo)
- Tamanho adulto: 2,5 cm
- Hábitos alimentares: Carnívoro (pequenos crustáceos, zooplâncton, muco e tecido de coral)
No aquário:
- Dificuldade de Manutenção: Média (peixe muito delicado)
- Comportamento:Pacífico
- Quantidade mínima: 1
- Espaço mínimo: 40 L
- Temperatura: 24 a 26 ºC
- PH: 8.1 a 8.4
- Salinidade: 1.020 a 1.025
- Dureza da água: 8 a 12
- Reef safe: Sim (Mas pode machucar corais sps)
- Pula do aquário: Sim
- Expectativa de Vida: Cerca de 3 anos
- Alimentação: Zooplâncton, mysis, artêmias e rações para pequenos peixes marinhos. Alimente 2 vezes ao dia.
- Nível da água: Meio e fundo
- Decoração: Rochas vivas e corais ramificados
- Cuidados especiais: Colocar “poleiros” para o peixe
- Compatibilidade com outros peixes: Preferencialmente peixes pequenos e delicados, como cardinais e góbios de outros gêneros. O muco venenoso em sua pele lhe confere uma imunidade diplomática com a maioria das espécies (mas convém não arriscar com nenhum predador)
Amarelinho, cabeçudo e cheio de vida, o Yellow Clown Goby parece uma versão aquática do passarinho Woodstock, o amigo inseparável do Snoopy.
Na natureza, ele vive em grupos entre as imensas colônias de corais Acroporas do Pacífico, vez por outra pousando nos galhos para descansar, se proteger e até para dar umas mordidinhas nos pólipos. Isso não prejudica os corais, até mesmo pela diferença de escala com um peixinho tão minúsculo. Já num aquário, é diferente: Uma mudinha de Acropora permanentemente à mercê de um Yellow Goby pode acabar definhando e morrendo. Isso seria um bom motivo para aquaristas apreciadores de SPS evitá-los, mas felizmente eles também podem se adaptar facilmente a outros “poleiros”, como corais leather, LPS, rochas vivas, corais falsos e até mesmo vermes e tridacnas.
Por estarem entre os menores peixes para aquários marinhos, a compatibilidade dos Yellow Gobies com outras espécies é um fator ainda mais crítico do que de costume. Embora eles sejam bem saidinhos e tenham uma espécie de muco tóxico recobrindo a pele, a convivência com peixes muito maiores pode estressar muito e levá-los à inanição. Além do mais, muco algum iria protegê-los da ação de notórios predadores como hawkfishes, triggers e baiacus (no máximo, eles vão confundir o góbio com uma jujubinha estragada). Assim, no mundo ideal eles devem ter apenas a companhia de peixes pequenos e pacíficos, como cardinais, anthias, grammas, cavalos marinhos, mandarins e outros góbios.
Eles também podem ser colocados em grupos da mesma espécie, como na natureza, mas isso pode trazer consequências diversas: No pior caso, brigas por território, agravadas em tanques pequenos. Mas com um pouco de sorte, você poderá testemunhar a formação de casais e até mesmo a reprodução em aquário.
Trata-se de um animal muito sensível, de vida relativamente curta (embora um exemplar no Aquário de Waikiki já tenha 13 anos!) e que, por não ter escamas, é muito suscetível a doenças e geralmente o primeiro a aparecer com íctio.
Algumas lojas até evitam comercializá-lo, pois eles sofrem muito com o transporte e muitos exemplares já chegam nas últimas. É um peixinho lindo, mas ao menor descuido ele logo vai para o grande oceano no céu.
Por Bruno Fortini
Foto: Marcelo Alcântara
Referências:
FENNER, Robert M. The Conscientious Marine Aquarist. Neptune: TFH Publications, 2008.
GAY, Jeremy. Choosing the Right Fish for your Aquarium. Hamlyn: Londres, 2006.
MICHAEL, Scott W. A Pocket Expert Guide to Reef Aquarium Fishes. USA: 2009.
KINGSLEY, Rebecca. Peixes de Aquário Marinho. São Paulo: Nobel, 1998.
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