Pseudochromis fridmani
Pseudochromis fridmani: Um dottyback de bom coração
- Nome científico:Pseudochromis fridmani (Klausewitz, 1968)
- Outros nomes: Orchid dottyback, Fridman´s dottyback
- Família: Pseudochromidae
- Distribuição: Norte do Mar Vermelho
- Habitat: Cavernas nos recifes de coral verticais típicos da região, até 60 metros de profundidade
- Cores: Violeta com um rímel preto do focinho até os olhos
- Dimorfismo sexual: O macho tem a barbatana caudal afilada como uma seta; a da fêmea é redonda
- Tamanho adulto: 8 cm
- Hábitos alimentares: Carnívoro (pequenos crustáceos, vermes poliquetas e zooplancton)
No aquário:
- Manutenção: Fácil
- Comportamento: Pacífico
- Quantidade mínima: 1
- Espaço mínimo: 80 L
- Temperatura: 24 a 26 ºC
- PH: 8.1 a 8.4
- Salinidade: 1.020 a 1.025
- Dureza da água: 8 a 12
- Reef safe: Sim
- Pula do aquário: Sim (E muito!)
- Expectativa de Vida: 5 anos
- Alimentação: Mysis, krill, artêmias e rações para peixes marinhos. Alimente 2 vezes ao dia.
- Nível da água: Fundo e meio
- Decoração: Muitas rochas e espaço com areia
- Cuidados especiais: Aquário com tampa
- Compatibilidade com outros peixes: Boa. Apenas evite colocá-lo com espécies muito pequenas (ex: nanogóbios) ou que se pareçam com ele. Também evite peixes que possam comê-lo, como moreias, triggers e garoupas (isso nem precisava dizer, né?)
Os pseudochromis são um grupo de lindos e coloridos peixinhos com um talento único para semear medo e terror num aquário. O fridmani deve ser a ovelha negra da família, porque comparado aos outros ele é até bonzinho... mas também não vamos exagerar! Em essência, ele é praticamente uma mini-garoupa de dentinhos afiados e movimentos frenéticos. Só que na maioria das vezes, ele só usa para desenterrar copépodes e vermes escondidos na areia e não para ameaçar os pobres peixes que têm o azar de dividir o mesmo tanque.
Além de sua relativa placidez e magnífica coloração violeta, outra vantagem do fridmani é que ele hoje é largamente reproduzido em cativeiro, trazendo um alívio às nossas consciências ecológicas e também aos nossos bolsos. Antes, como todo peixe exclusivo do Mar Vermelho, ele era raro no aquarismo e alcançava valores astronômicos.
Tudo o que um fridmani precisa para ser feliz é uma pilha de rochas vivas, onde qualquer fissura poderá ser convertida em uma toca. Ele passará horas e horas flutuando tranquilamente na frente de casa, contemplando os seus domínios e petiscando qualquer zooplâncton que passar pela frente. Ao menor sinal de perigo ou ao cair da noite, ele desaparece num piscar de olhos.
Para aquários pequenos, convém um único exemplar, mas em tanques maiores podem ser colocados um casal ou mesmo um grupo – na natureza, eles vivem bem felizes juntos. Em nanos, é arriscado colocá-lo na companhia de pequenos góbios ou peixes de formato e coloração parecida (firefish, alguns blênios e wrasses, por exemplo), principalmente se ele já for o rei do pedaço.
Por fim, quem tiver interesse em levar para casa um fridmani deve aprender direitinho a distingui-lo do seu primo malvado, o magenta dottyback (Pseudochromis porphyreus), um peixinho realmente infernal. Eles nem são lá tão parecidos assim, mas acredite: esse não é um erro que você queira cometer.
Pseudochromis porphyreus (peixe malvado)
Distribuição: Indo-Pacífico
Tamanho: 6 cm
Cor: Magenta (ou melhor, rosa choque)
Corpo: Mais compacto
Outras características: Queixo prognata ao melhor estilo “Beavis” , cauda transparente.
Pseudochromis fridmani (peixe bonzinho)
Distribuição: Mar Vermelho
Tamanho: 8 cm
Cor: Violeta
Corpo: Mais comprido e sinuoso
Outras características: Risco preto dos olhos ao focinho , cauda rosa.
O nome fridmani vem do bólogo marinho David Fridman, um dos fundadores do parque e observatório marinho Coral World Eilat, em Israel. (Foto: Howard Rosenstein)
Por Bruno Fortini
Referências:
FENNER, Robert M. The Conscientious Marine Aquarist. TFH Publications: Neptune, 2008.
GAY, Jeremy. Choosing the Right Fish for your Aquarium. Hamlyn: Londres, 2006.
MICHAEL, Scott W. The 101 Best Saltwater Fishes. The Adventurous Aquarist Guide Series. TFH Publications: Neptune, 2007.
MICHAEL, Scott W. The 101 Best Nano-Reef Species. The Adventurous Aquarist Guide Series. TFH Publications: Neptune, 2014.
As cores da aquarela do fundo do mar são mais bonitas. Hipnotizada pela cor desse peixinho!
Sim, é um dos meus favoritos também!