Swissguard Basslet (Liopropoma rubre)

Swissguard Basslet: Um cavernoso para bolsos profundos

  • Nome científico: Liopoproma rubre (Poey, 1861)
  • Outros nomes: Peppermint Basslet
  • Família: Serranidae
  • Distribuição: Oceano Atlântico (Flórida, Caribe até a Venezuela)
  • Habitat: Bordas, fendas e cavernas de recifes  (3 a 45 m)
  • Cores: Listras laranjas opacas e vermelhas brilhantes
  • Dimorfismo sexual: Não
  • Tamanho adulto: 8 cm
  • Hábitos alimentares: Carnívoro (crustáceos e peixes minúsculos)

     No aquário:

  • Dificuldade: Fácil
  • Comportamento: Pacífico
  • Quantidade mínima: 1
  • Espaço mínimo: 80 L
  • Temperatura: 24 a 26 ºC
  • PH: 8.1 a 8.4
  • Salinidade: 1.020 a 1.025
  • Dureza da água: 8 a 12
  • Reef safe: Sim (mas come pequenos crustáceos)
  • Pula do aquário: Sim
  • Expectativa de Vida: Cerca de 3 a 5 anos
  • Alimentação: Mysis, artêmias, camarão picado, zooplâncton e ração para peixes marinhos Alimente 2 vezes ao dia.
  • Nível da água: Fundo e meio
  • Decoração: Rochas vivas
  • Cuidados especiais: Rochas formando várias cavernas, como no ambiente natural; aquário com tampa; luzes discretas
  • Compatibilidade com outros peixes: Se dá bem com colegas pacíficos, desde que não sejam pequenos demais (pequenos góbios vão pro bucho!). Pode virar saco de pancada de peixes agressivos, como dottybacks, hawkfishes e donzelas maiores.

Os peixes do gênero Liopropoma são joias raras no mundo do aquarismo – e custam como se fossem joias mesmo! Essas “garoupinhas” vivem em águas muito profundas, às vezes superiores a 300 metros, sempre protegidas pela escuridão das cavernas em recifes e raramente vistas por mergulhadores. A dificuldade de capturá-las e mantê-las vivas à descompressão, além da sua notória beleza, faz com que estejam entre os peixes de aquarismo mais caros do mundo, atingindo cifras astronômicas (às vezes, mais de 10 mil dólares!). Ah, a vaidade humana!....

O Swissguard Basslet (Liopropoma rubre) é o mais “fácil” de encontrar, podendo ser capturado em águas relativamente rasas de 15 metros. Ele tem esse nome porque suas cores lembram as roupas da guarda papal do Vaticano. Muito lindo, mas de comportamento tão tímido e discreto que pode decepcionar quem prefira um peixe mais exibido como um tang ou um anjo. Inclusive, recomenda-se mantê-lo em nanos com cerca de 80 litros, pois em aquários grandes ele pode se esconder tão bem entre as rochas e virar fonte de angústia para o aquarista (“Será que ele morreu”?) Uma boa solução para torná-lo mais saidinho é usar apenas a iluminação actínia por algumas horas do dia.

O Swissguard deve ter a companhia reconfortante de peixes pacatos como firefishes, wrasses, cardinais e blênios. Coexistindo com espécies mais agressivas, sua tendência ao isolamento pode se reforçar e levá-lo à depressão. É bom lembrar que o Swissguard, embora muito bonzinho, é um micropredador e logo dará sumiço em pequenos camarões e nanogóbios.

Ele é parente próximo e divide o mesmo habitat com a verdadeira estrela da família: o Candy basslet (Liopropoma carmabi), um dos peixes mais extraordinários e psicodélicos do mundo do aquarismo. Se você algum dia conseguir um, me avise. Pago até ingresso para ver!

Por Bruno Fortini
Foto: Adriano Eduardo de Lima

 

Candy Basslet (Liopropoma carmabi): Alguém me empresta 3 mil dólares?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referências:

ALDERTON, David. Encyclopedia of Aquarium & Pondfish. Londres: Dorlink Kinderseley, 2008.

FENNER, Robert M. The Conscientious Marine Aquarist. Neptune: TFH Publications, 2008.

MICHAEL, Scott W. A Pocket Expert Guide to Reef Aquarium Fishes. USA: 2009.

MICHAEL, Scott  W. The 101 Best Nano-Reef Species. The Adventurous Aquarist Guide Series. Neptune: TFH Publications, 2014.

 

Sites:

www.reefbuilders.com

www.reefkeeping.com

www.tfhmagazine.com

 

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  1. O candy basslet merece um quadro, uma poesia, uma música! Muito fácil divagar olhando suas cores surreais. Verdadeira obra-prima da natureza!

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