Sawbwa Rasbora (Sawbwa resplendens)
Sawbwa Rasbora: O princesinho dos rasboras
- Nome científico: Sawbwa resplendens (Annandale, 1918)
- Outros nomes: Naked rasbora, rodóstomo asiático
- Família: Ciprinidae
- Distribuição: Lago Inle em Mianmar, no sudeste asiático
- Habitat: Emaranhados de plantas no lago e pântanos da vizinhança
- Cores: Machos são cinza-azulados com focinho e nadadeira caudal vermelha. Fêmeas transparentes com tonalidade verde-limão.
- Dimorfismo sexual: Sim
- Tamanho adulto: 3 cm
- Reprodução: Dispersão de ovos. Chance baixa.
- Hábitos alimentares: Onívoro (insetos, algas, vermes e pequenos crustáceos)
No aquário:
- Dificuldade Média (peixe sensível)
- Comportamento: Pacífico
- Quantidade mínima: 6 (4 fêmeas e 2 machos)
- Espaço mínimo: 54 L (60cm x 30cm x30cm)
- Temperatura: 18 a 24ºC
- PH: 7 a 8
- Convive bem com plantas: Sim
- Pula do aquário: Sim, e muito! (coloque uma tampa)
- Expectativa de Vida: Cerca de 5 anos
- Alimentação: Rações diversas para peixes pequenos, bloodworms, tubifex e artêmias
- Nível da água: Meio
- Decoração: Troncos, muitas plantas e substrato escuro
- Cuidados especiais: Temperatura amena, filtragem suave e água muito limpa
- Compatibilidade com outros peixes: Boa. Melhor com peixes pequenos e pacíficos.
Quando você vir um peixinho comprido com as cores do Homem-Aranha, não tenha dúvida: é o Rasbora Sawbwa! A carinha vermelha também lhe rendeu o apelido de “rodóstomo asiático”, mas eles não são parentes – afinal, o Sawbwa é um ciprinídeo do sudeste asiático e o outro um tetra amazônico. Embora já conhecido há mais de um século pela ciência, assim como tantas outras espécies de rásboras, só há poucos anos ele se difundiu no mundo do aquarismo. Por isso, ainda é tido por muitos como uma “nova novidade”!
O Sawbwa é nativo do lago Inle no sudeste de Mianmar, país vizinho da Tailândia. Você talvez já o tenha visto em algum documentário sobre paragens exóticas, mostrando pescadores magricelas de chapelão apoiados na ponta da canoa sobre uma perna só. É um lago vasto e muito raso, raramente passando dos 3 metros de profundidade. A água é bem transparente e a vegetação flutuante forma pequenas ilhotas que servem de refúgio para cardumes do peixinho. Inclusive a vida na natureza não anda nada fácil para ele, pois além de ser muito sensível à poluição crescente, ainda vira petisco fácil para as tilápias introduzidas ali para consumo humano.
No aquário, o Sawbwa requer os mesmos cuidados dispensados a qualquer outro rasbora, exceto que por não ter escamas ele é ainda mais sensível que a média. Ou seja, alimentação de qualidade para peixes pequenos, água bem limpa e companheiros pacíficos. Um detalhe que pode passar despercebido é que ela é um peixe de água levemente alcalina (PH 7.0 a 8.0) e temperatura amena até 24ºC, tornando-o pouco recomendável para aquários plantados de inspiração amazônica, que costumam ter água ácida e temperatura atingindo quase 30 ºC. O Sawbwa é um peixinho meio medroso e fica bem mais à vontade em biótopos asiáticos, junto a outras microrasboras e botias de rio.
Embora o espécime macho seja indisputadamente mais bonito que a fêmea – ela mais parece uma piabinha incolor – é recomendável misturar os 2 gêneros numa proporção sempre maior de fêmeas. Isso dilui a agressão entre os machos e lhes dá maior ímpeto para se exibirem, revelando cores mais vistosas. Infelizmente, nem sempre a fêmea está disponível no comércio, já que os distribuidores conseguem melhor preço pelos machos e não têm o menor interesse que criadores domésticos também comecem a reproduzir a espécie e comprometam a sua reserva de mercado.
Enfim, o Sawbwa é uma adição formidável para qualquer aquarista experiente. Aliás, Sawbwa na língua local significa “príncipe”. Ele merece mesmo um tratamento real.
Texto: Bruno Fortini
Foto: XXXX
Referências:
O´LEARY, Rachel e DENARO, Mark. The 101 Best Freshwater Nano Species. The Adventurous Aquarist Guide Series. TFH Publications: Neptune, 2014.
Sites: