Golden Panchax (Aplocheilus lineatus)
Golden Panchax: O killifish sem frescura
- Nome científico: Aplocheilus lineatus(Cuvier e Valenciennes, 1846)
- Outros nomes: Golden Wonder, Panchax listrado, Malabar Killy, Piku
- Família: Aplocheilidae
- Distribuição: Oeste e sudeste da Índia, Sri Lanka
- Habitat: Campos de arroz, pântanos, riachos, valas e águas salobras
- Cores: Macho amarelo e fêmea esbranquiçada
- Dimorfismo sexual: Macho maior e mais colorido
- Tamanho adulto: 10 cm
- Reprodução: Dispersão de ovos
- Hábitos alimentares: Carnívoro (vermes, larvas, insetos e crustáceos)
No aquário:
- Manutenção: Média
- Comportamento: Semi-agressivo
- Quantidade mínima: 5 (2 machos e 3 fêmeas)
- Espaço mínimo: 80 L
- Temperatura: 22 a 25 ºC
- PH: Ácido a alcalino (6 a 7.5)
- Convive bem com plantas: Sim
- Expectativa de Vida: Cerca de 5 anos
- Alimentação: Rações em focos; artêmias e bloodworms secos ou vivos
- Nível da água: Topo
- Decoração: Irrelevante
- Cuidados especiais: Tampa para evitar saltos
- Compatibilidade com outros peixes: Moderada (nunca com peixes abaixo de 3 cm)
Quando se fala em killifishes, todo mundo pensa em peixinhos delicados que vivem em poças e que morrem com apenas 1 ano. Não o Panchax. Mais fácil ele devorar um coleguinha logo em seu primeiro dia no aquário!
O Golden Panchax é uma variedade mutante do Panchax listrado (Aplocheilus lineatus), um peixe riscado que habita regiões elevadas do sul da Índia e do Sri Lanka. A forma natural é encontrada em vários ambientes, desde arrozais a campos alagados e até mesmo poços de água salobra. Geralmente é criada para controle de mosquitos e de vez em quando segue para o aquarismo internacional. E embora também haja outras espécies do gênero Aplocheilus em aquários, hoje o nome Panchax tornou-se sinônimo do peixe amarelo brilhante produzido para exportação em larga escala nos criadouros da Alemanha e Indonésia.
No aquário, o Panchax não dá trabalho algum. Tolera uma variedade de parâmetros, raramente desenvolve doenças e come praticamente de tudo – incluindo qualquer ser vivo que couber na boca dele. Pequenos tetras, rasboras e camarõezinhos Neocaridina estão condenados. Há quem diga que ele não come paulistinhas, mas provavelmente apenas porque eles sejam difíceis de pegar. Melhor colocá-lo na companhia de outros peixes médios, como barbos, tricogasters, ciclídeos e cascudos; ele fica bem com qualquer um que não estiver no menu. É bom introduzir um grupo de pelo menos 5 Panchax logo de uma vez, com 2 fêmeas para cada macho a fim de dispersar a agressão masculina.
O Panchax passa a maior parte do tempo rondando a superfície, atrás de pequenos insetos (Repare que a boca dele é projetada para cima, como se fosse um poecilídeo). Assim, a decoração não importa tanto, porque ele não vai interagir muito com ela mesmo. Mas se quiser reproduzir um ambiente mais parecido com o seu habitat, encha o tanque com muitas plantas aquáticas. Mesmo sendo um peixe nada tímido que dispensa abrigos, ele certamente vai se sentir como se estivesse em casa. Outra questão é que o Panchax salta muito, portanto é melhor colocar uma tampa ou uma tela de acrílico para evitar uma cena de horror matinal no chão da sala. Dica para a vida: Tome sempre cuidado com peixes compridinhos como se fossem mini torpedos, porque eles saltam que é uma beleza.
Embora não tenha nenhuma das dificuldades atribuídas aos outros killifishes, o Panchax ainda não encontrou muito espaço no aquarismo brasileiro. É até irônico que um peixe de escamas tão iridescentes passe praticamente despercebido.
Texto: Bruno Fortini
Fotos: Marcelo Alcântara
Hum… Muito grande, estou de dieta
Referências:
ALDERTON, David. Encyclopedia of Aquarium & Pondfish. Dorlink Kinderseley: Londres, 2008.
AXELROD, Herbert e SCHULTZ, Leonard. Handbook of Tropical Aquarium Fishes. TFH Publications, 1990.
SANDFORD, Gina. Aquarium Owner´s Manual. Londres: Dorling Kindersley, 2005.
WOOD, Kathleen. The 101 Tropical Fishes. The Adventurous Aquarist Guide Series. TFH Publications, 2007.
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